Apesar do quadro, após quase vinte anos de negociações, a COP 17, ser realizada em Durban, África do Sul, não deverá gerar resultados condizentes com as expectativas da sociedade mundial.
As emissões mundiais de Gases de Efeito Estufa (GEE) atingiram níveis superiores ao pior cenário desenhado por especialistas do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em Inglês) em 2007, segundo indicam dados científicos relativos ao ano de 2010.
Para o codiretor do Programa Conjunto do MIT sobre a Política Científica e da Mudança Global, John Reilly, “quanto mais falamos sobre a necessidade de controlar as emissões, mais elas estão crescendo”.
Seja para a geração de energia, seja para transporte, o incremento das emissões, deve-se, principalmente, a queima de combustíveis fósseis, particularmente carvão e petróleo. O mundo jogou na atmosfera mais de 564 toneladas de carbono no ar em 2010. Atualmente, os três principais emissores de GEEs mundiais são, China, Estados Unidos e Índia.
Os riscos e as consequências do aumento da temperatura global sobre fatores de segurança – alimentar, hídrica, habitacional, econômica e outras – relacionados à espécie humana, a cada dia são melhores conhecidos e dimensionados, justificando a urgência da execução de ações de mitigação (redução de emissões) e de adaptação às Mudanças Climáticas.
Apesar do quadro, após quase vinte anos de negociações, a 17a Conferência da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC COP17, sigla em inglês) a ser realizada em Durban, África do Sul, não deverá gerar resultados condizentes tanto com as necessidades como com as expectativas da sociedade mundial. Um exemplo são os protestos que acontecem nos Estados Unidos, contra a construção de um oleoduto naquele País. A expectativa é que nas próximas semanas a sociedade pressione seus governantes a sair da inação política quanto às Mudanças Climáticas.
Blog do PV Ceará
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