terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ensino de Jornalismo no Ceará – Volume II já à venda

“Já está à venda o livro “Ensino do Jornalismo no Ceará – Volume II” (Edições UFC, 196p. R$ 25,00), organizado pela professora e jornalista Adísia Sá. A obra marca os 45 anos do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará, o primeiro a oferecer graduação superior em Jornalismo no estado. Atualizado, o livro ajuda a refletir sobre a formação do jornalista no Ceará, num contexto em que não é mais obrigatório o diploma para o exercício profissional. Existem hoje sete cursos de Jornalismo na capital e um em Juazeiro do Norte. A publicação amplia e atualiza o “Ensino de Jornalismo no Ceará”, livro de sua autoria lançado em 1979 e esgotado. Mestra de gerações, ela convidou profissionais, alguns ex-alunos seus, para colaborar na publicação. Um deles é o jornalista e professor Francisco Souto Paulino, Presidente da Agência da Boa Notícia.

A professora Adísia Sá lembra que o volume I, hoje uma raridade, trazia o histórico da boa luta que resultou na criação do curso de Comunicação Social da UFC, em 1965. Apresentava também a estrutura do curso, disciplinas, corpo docente e a relação dos concludentes até aquele ano. Foi um trabalho feito por ela, a partir de documentos da Associação Cearense de Imprensa, onde surgiu a ideia do curso, da Universidade e notícias e reportagens. Nesta segunda edição, ela convidou ex-alunos seus e outros profissionais formados por diferentes instituições. Coube à professora, recontar a história da criação do primeiro curso de Jornalismo no capítulo que abre o “Ensino do Jornalismo no Ceará – Volume II”. Ela atualiza o relato até 2009, mostrando que o Curso de Comunicação Social da UFC, que até 2002 só contava com habilitação em Jornalismo passou a também a habilitação em Publicidade e Propaganda. O curso na UFC amadureceu, entregou centenas de profissionais à sociedade e oferece também pós-graduação em nível de especialização e mestrado.

A eclosão das faculdades particulares e com elas novos cursos de Jornalismo são tratados no livro. O segundo capítulo, “Fanor: O Ensino do Jornalismo com Foco no Mercado e no Desenvolvimento de Competências”, de autoria de Anchieta Dantas Jr. fala sobre a questão. O terceiro capítulo “De Publicidade a UFC só tinha Propaganda” é um relato pessoal e histórico feito por André Nogueira, sobre a jornada de um estudante. Ela conta sobre a formação, entrada no mercado de trabalho e premiações, como profissional.

A professora Erotilde Honório, ex-aluna e ex-professora do curso de Comunicação Social da UFC, levou sua experiência para a Universidade de Fortaleza. Ela escreveu o capítulo ‘Histórico dos cursos de Publicidade e Propaganda e Jornalismo da Unifor (1997 – 2010). O capítulo documenta o contexto do nascimento dos dois cursos, estrutura acadêmica, corpo docente, formação dos alunos e premiações. A UFC volta a aparecer no capítulo “História do Centro Acadêmico Tristão de Athayde em Três Tempos”, assinado pelo Prof. Souto Paulino. O nascimento do C.A., os duros tempos da ditadura militar e a abertura política foram fases que o CATA, depois transformado em Diretório Acadêmico Tristão de Athayde (DATA) atravessou até chegar ao que é hoje. Para resgatar essa história, diante da falta de registros escritos, Prof. Souto recorreu a depoimentos de ex e atuais dirigentes estudantis.

As professoras Márcia Vidal e Inês Vitorino assinam o capítulo sobre “Perspectivas do Programa de Pós-Graduação da UFC. Egressa da primeira turma do curso de Jornalismo e conhecedora das lutas pela sua implantação e consolidação na UFC, a Profª Ivonete Maia, Presidente da Associação Cearense de Imprensa, dá seu depoimento no capítulo “Tudo valeu a pena”. A jornalista e escritora Luiza Helena Amorim é a autora do capítulo “Para democratizar o acesso ao curso de jornalismo”, no qual traça um painel do surgimento e desempenho de cursos de jornalismo em instituições particulares como a Faculdade Integrada do Ceará (FIC), Faculdades Cearenses (FaC), Faculdade 7 de Setembro (FA7), Faculdade Gama Filho, que se transformou na Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF)”.

Por fim, o jornalista e professor Nilton Almeida enfoca a relação que as entidades representativas dos profissionais de Jornalismo, em particular o Sindicato da categoria, mantêm com os cursos de Comunicação. É dele o artigo “Embrião de lutas a intermitência dos diálogos”. Para o professor Gilmar de Carvalho, que faz a apresentação do livro, “a oportunidade e importância deste levantamento são grandes e aumentam como bandeira por uma mobilização permanente, até que a sociedade civil veja o diploma como uma conquista dela, como balizamento de um Jornalismo de qualidade”.

(Agência da Boa Notícia)

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