Na última terça-feira (24), logo após a
cerimônia de posse, o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante
recebeu o movimento estudantil brasileiro, representado pela União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Nacional dos
Estudantes (UBES) e Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), que
durante a reunião entregaram carta pautando 17 pontos de reivindicação
das entidades.
As pautas, elaboradas em conjunto, além
de propor melhorias para programas e exames como ProUni, Reuni, Enem
Fies e PRONATEC, durante a leitura dos itens afirmou ao novo ministro
as bandeiras de luta em defesa da criação de 3 milhões de vagas no
ensino técnico; a participação da UBES no conselho gestor do sistema
“S”, assim como a melhora da infra-estrutura das escolas técnicas;
reformulação do ensino médio; valorização dos profissionais em
educação; assistência estudantil; ampliação das bolsas Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC); reajuste das
bolsas de mestrado e doutorado; meia entrada estudantil e a erradicação
do analfabetismo do Brasil até 2016.
As entidades estudantis foram as
primeiras do movimento social a serem recebidas por Mercadante, que
enfatizou a parceria com os estudantes para erradicar o analfabetismo
no país. Outro tema de destaque durante a reunião foi a política
educacional do governo federal; o novo ministro garantiu atenção aos
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec):
“Esse será um dos mais importantes objetivos estratégicos de minha
gestão”, afirmou.
Além de assumir o compromisso de
iniciar diálogo com governadores e prefeitos para que o piso salarial
dos professores da educação básica pública se torne realidade em todo o
território nacional, Mercadante assegurou que a carta será revista e
avaliada por todos membros da pasta. Garantiu cuidado especial em
relação às bandeiras de luta das entidades na destinação de 10% do PIB
brasileiro diretamente no setor e também a destinação de 50% dos
recursos do Fundo Social do Pré-Sal exclusivamente para a educação,
ciência, tecnologia e inovação.
UBES, UNE, E ANPG JUNTAS POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
Com o movimento estudantil brasileiro
unificado, em todos os níveis, da educação básica ao ensino superior,
estudantes e professores uniram suas pautas e apresentaram ao novo
ministro da Educação, afirmando ainda mais a disposição das entidades
para que o crescimento econômico brasileiro nos últimos anos sejam, de
fato, revertido em investimentos na sua estrutura educacional, como
afirma a presidente da UBES, Manuela Braga:
“Não nos agrada que o Brasil seja a
sexta economia do mundo e possua ainda índices tão negativos.
Precisamos atacar gargalos da educação básica e mexer,
impreterivelmente, nas estruturas do ensino fundamental e médio do
Brasil”, ressaltou Manuela Braga, presidente da UBES, que também estava
na reunião.
A presidente da ANPG, Elisangela
Lizardo, pautou ainda como prioridade uma política de valorização das
bolsas de pesquisa como parte de uma necessária ação sistemática de
fomento à pesquisa, “elemento fundamental ao desenvolvimento de
qualquer país”, como ela mesmo avalia. Elisangela lembrou o ministro
que o reajuste do valor das bolsas de mestrado e doutorado, há mais de
quatro anos congelado, deve ser analisado.
“Com bolsas valorizadas, política de
financiamento de C&T mais robusta e um PNPG afinado com uma
concepção de desenvolvimento que garanta soberania e justiça social,
podemos contribuir no desenho de um projeto ousado de país”, concluiu.
“O fato do ministro ter discutido as
reivindicações ponto por ponto nos agradou muito, pois demonstra que
leva a sério o movimento estudantil e pretende dar retorno em cada
pauta analisada. Esse é o tratamento que exigimos e a expectativa é de
conseguir contribuir com muita pressão nas ruas do Brasil para que de
fato a educação possa avançar”, analisou também o presidente da UNE,
Daniel Iliescu .
Leia a carta carta_mercadante_UBES_final
Fonte: UBES
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