As eleições para governador do Estado ainda estão longe de serem realizadas. Cid Gomes (PSB) não será candidato no ano que vem. Nesse sentido, o que justificaria os ataques tão incisivos ao governador propalados pela mais nova campanha do PSDB do Ceará na mídia? A resposta está em 2012. Cid deverá ser o principal cabo eleitoral da disputa que se avizinha. Tentar desgastar sua imagem foi a forma encontrada pelos tucanos para, além de demarcar posicionamento em relação ao comandante do Palácio da Abolição, diminuir o peso do governador nas próximas eleições.
Como é sabido, o PSDB perdeu forças com a saída de vários de seus integrantes para o novato PSD. A sigla tucana está enfraquecida, desfalcada de fortes nomes - principalmente no Interior -, e para não correr o risco de definhar ainda mais, a ideia é partir para o tudo ou nada, criando uma identidade que atraia aqueles que não simpatizam com atual modelo administrativo do Estado. E, claro, tentando convencer outros de que Cid não é um bom gestor.
Destaque-se ainda uma certa dose de oportunismo ao aproveitar o embate fruto da greve dos professores para tentar atingir o governador. Na propaganda partidária do novo PSDB, chega-se ao ponto de dizer que Cid, “agride professores”. Há um certo exagero ao atribuir os lamentáveis fatos da Assembleia unicamente ao governador. Mas enfim, a tática faz parte do jogo político. E a próxima “vítima”, como já era de se esperar, será a prefeita Luizianne Lins (PT). Imaginem então o que deve vir por aí.
Ítalo Coriolano, editor adjunto de Conjuntura
O POVO
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