quarta-feira, 14 de março de 2012

Tensão entre lideranças do PT e do PMDB na Câmara Municipal de Fortaleza


Enquanto a presidente regional do PT e prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, espera uma maior aproximação com o presidente regional do PMDB, senador Eunício Oliveira, para a manutenção da aliança nas eleições de outubro, as duas lideranças partidárias na Câmara Municipal trocaram acusações e geraram momentos de tensão no início da tarde desta quarta-feira (14), durante a votação do projeto de lei, de autoria do Executivo, sobre suplementação de carga horária dos servidores municipais.

Após ouvir o líder do PT no Legislativo Municipal, vereador Guilherme Sampaio, o líder do PMDB na Casa, vereador Walter Cavalcante, pediu para que o presidente em exercício da Mesa Diretora, vereador Carlos Mesquita (PMDB), explicasse melhor o projeto “para que os vereadores não caiam no mesmo golpe (da matéria) dos professores”.

Segundo Walter Cavalcante, os vereadores da base de apoio à prefeita foram enganados pelo líder do PT, que assegurou que a categoria dos professores estava de acordo com o substitutivo que foi aprovado no dia em que os professores invadiram as dependências da Câmara e impediram pela manhã o acesso dos vereadores ao plenário.

“Ele (Guilherme) disse que a categoria não poderia expor a sua vontade por causa de uma disputa entre o PSTU e o Psol”, ressaltou o líder do PMDB.

Indignado, o vereador Guilherme Sampaio disse que Walter Cavalcante deve prestar contas com a sua base eleitoral. “Todo mundo aqui é adulto e vacinado”, afirmou o líder do PT.

Walter Cavalcante concordou em retirar o termo “golpe”, “por ter magoado o líder do PT”, “mas que a gente foi enganado, foi”.

“O PMDB fechou questão que não vota mais em nenhuma matéria que venha de encontro aos interesses dos servidores”, revelou Cavalcante, que denunciou ainda que o vereador Carlos Mesquita teria tido o voto registrado, mesmo sem estar presente ao plenário.

Gravidade

Para o líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Plácido Filho (PDT), as manobras contra os servidores são reveladas todas as vezes que a base aliada entre em confronto.

“Toda vez que há um desentendimento entre os vereadores da base, a gente fica sabendo das manobras contra os servidores e contra a população de Fortaleza”, comentou o líder da oposição.

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