terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Eliane Novais comenta casos de corrupção investigados no Interior



Dep. Eliane Novais (PSB)
A deputada Eliane Novais (PSB) lamentou, em pronunciamento na sessão plenária desta sexta-feira (16/12) da Assembleia Legislativa, os casos de corrupção em prefeituras do interior do Estado e divulgados hoje nos jornais de grande circulação do Ceará.

Ela referiu-se às investigações nos municípios de Santana do Cariri, Quixeré, Morada Nova e Pacajús, onde o prefeito e outras 10 pessoas foram presas ontem sob a acusação de crime de peculato (contra a administração pública). A socialista destacou apontamentos do Ministério Público sobre o envolvimento de gestores públicos e familiares em desvio de dinheiro, formação de quadrilha, fraudes em processos licitatórios e enriquecimento ilícito. As prisões são fruto da Operação Desmonte, iniciada em 2008.

Eliane lembrou de inspeções em andamento em 68 prefeituras, que supostamente firmaram contratos com empresas fraudulentas. Citou também os trabalhos em 50 cidades que deveriam ter recebido kits sanitários de ONGs financiadas com o Tesouro Estadual e não tiveram os equipamentos entregues. “É corrupção em cima de corrupção. São interesses econômicos que não estão a serviço do povo”, resumiu.

A deputada classificou a Assembleia como um importante instrumento de combate às práticas de corrupção e parabenizou movimentos organizados da sociedade civil de protestar contra atos desta natureza. “A duras penas, a sociedade está levantando a sua voz”, pontuou.

Por fim, ela rebateu discurso proferido ontem pelo deputado Teo Menezes (PSDB) sobre o pedido da socialista de afastá-lo da Mesa Diretora da Casa, por suposta ligação com o escândalo dos banheiros. Ontem, o tucano disse que Eliane “pecou vergonhosamente” ao tentar ligá-lo ao esquema.

“Ele quer tirar a discussão do foco. Quem não deve, não teme. Não tenho nada contra o deputado. Seria leviana se estivesse pedindo a sua cassação. Meu pedido de afastamento da Mesa não significa condenação ou julgamento. No meu entendimento, é uma ação preventiva de zelar pela imagem da Casa e o papel fiscalizador do Legislativo”, explicou.
BC/AT

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