sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Augustinho volta a criticar esquema dos empréstimos consignados

“Como a Promus entrou na história? Entrou por uma arapuca da cláusula terceira do contrato, que determina que a contratada deve firmar contrato com empresas credenciadas pela Seplag.

O deputado Augustinho Moreira, em resposta ao deputado Welington Landim, voltou a falar na tarde desta quarta-feira (19/10), durante sessão na Assembleia Legislativa, sobre o sistema de créditos consignados para servidores públicos estaduais. Augustinho afirmou que Welington teria utilizado um pronunciamento de 45 minutos para tentar convencer a população de um fato impossível de convencer a alguém.

Ele informou que existem 16 empresas atuando no setor, todas vinculadas à empresa Promus, cujo proprietário é vinculado a uma pessoa ligada ao Governo. “A Promus tem sede na rua Guilherme Rocha, nº 17 e a empresa a qual o deputado Welington se referiu dizendo que é a mesma, a CCI, está localizada no Eusébio. São sedes em locais diferentes”, denunciou.

Para Welington, nada impede que um empresário seja sócio de cinco ou seis empresas que trabalham no mesmo ramo.

Augustinho registrou que a empresa que ganhou a licitação foi a ABC, que a partir daí firmou contrato com a Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado (Seplag). “Como a Promus entrou na história? Entrou por uma arapuca da cláusula terceira do contrato, que determina que a contratada deve firmar contrato com empresas credenciadas pela Seplag. A ABC não precisava contratar a Promus, já que ganhou a concorrência. E a Seplag, até hoje, não mostrou quais são as empresas cadastradas e nem vai mostrar”, garantiu.

O parlamentar disse ainda, que a Promus administra os consignados praticamente sozinha e as empresas que fazem consultoria são quase todas de Luis Valadares. “A Promus leva 19% do que se arrecada dos consignados. O apurado é R$ 9 milhões. É um absurdo”, acrescentou.

Augustinho reafirmou que existem 16 empresas correspondentes e, quando são contatadas pelo funcionário público, ele é encaminhado até a Promus que dá uma senha. “Quem tem o domínio é a Promus. Isso está dito no contrato. Não adianta porque eu estudei e estou preparado. O que Welington falou é balela”, disse.

Por fim, o deputado lembrou que quando o governador Cid Gomes assumiu a gestão estadual, existia uma verdadeira desordem nos consignados, e informou que Cid reduziu a margem dos créditos para 30% ampliando depois para 40%.

“O servidor vai pagar juros exorbitantes, em um tempo muito longo. O servidor, de qualquer forma, tem um prejuízo grande e quem ganha é o Zé do Gás. Eu queria que os deputados defensores da Promus aceitassem uma audiência pública para que ele viesse debater com o Parlamento”, concluiu.

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